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Endometriose: como a alimentação pode minimizar os sintomas?

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de glândulas endometriais fora da cavidade uterina; é como se pequenos pedaços do endométrio migrassem para outras regiões causando inflamação, infertilidade e muita dor. A doença acomete de 6 a 10% das mulheres em idade fértil, então muito provavelmente você conhece alguém que sofra com isso ou, talvez, essa pessoa até seja você.


Como a endometriose é uma doença extremamente inflamatória, ela tem relação direta com a nutrição. Afinal, o que comemos tem o grande poder de inflamar ou desinflamar o organismo... especialmente se você já tem um organismo mais inflamado ou sensível devido a outros fatores externos, alergias, intolerâncias alimentares ou doenças auto-imunes.


E se levarmos em consideração que, de forma geral, a alimentação ocidental e, consequentemente, a brasileira é bastante inflamatória ao incluir muitos doces, carboidratos simples, ultraprocessados, fast-food, refrigerantes, bebidas alcóolicas, carnes vermelhas, gorduras saturadas e frituras, muitas vezes em grandes quantidades; tudo isso ainda associado a uma rotina sedentária, mudanças são realmente necessárias para minimizar os efeitos e sintomas da endometriose em cada mulher acometida.




O que fazer, então, na alimentação, para minimizar os efeitos da endometriose?


Antes de mais nada, voltemos ao básico: frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes! Esses alimentos são riquíssimos em fibras, vitaminas e minerais que são fundamentais ao organismo e no processo de desinflamação. Um organismo saudável requer bons estoques de nutrientes e uma alimentação equilibrada é capaz de suprir todos eles! Vale ressaltar que esses alimentos são mais inseridos no almoço, mas eles precisam estar presentes na rotina como um todo:


🍉🍍 Frutas podem ser distribuídas ao longo do dia;

🥗🥦 Vegetais podem estar presentes em sucos;

🍅🍆 Legumes podem aparecer em pastinhas ou patês ou, até mesmo, em muffins e bolinhos dos lanches;

🌰🥜 Castanhas completam o lanche da tarde ou café da manhã, seja inteira e pura, adicionada à receita ou como farinha ou leite e creme vegetal e as sementes a mesma coisa: podem ser adicionadas à salada, fazer crosta no peixe ou frango, usar na salada ou por cima de alguma preparação.

Forma de inserir esses alimentos na rotina é o que não falta!

É importante ressaltar que darei algumas dicas de alimentos importantes, mas o ideal é que você se consulte com seu nutricionista e montem, juntos, um cardápio que será benéfico para sua saúde e que respeite sua individualidade.

Dito isso, existem, sim, alguns alimentos e nutrientes mais específicos que são importantes e podem contribuir, tanto com a desinflamação do organismo, quanto com a redução dos níveis séricos de estrogênio. São eles:


  • Alimentos antioxidantes e ricos em polifenóis: Romã, damasco, ameixa, repolho, nozes, beterraba, abacaxi, pêssego, goiaba, laranja, kiwi, lentilha, cacau, chá verde, amêndoas

  • Cúrcuma: tem função anti-inflamatória, auxilia nas funções hepáticas, alivia problemas digestivos, inibe a invasão, inserção e aumento de lesões endometriais. Pode ser consumida como tempero ou em shots.

  • Vitamina A: também tem papel anti-inflamatório e seu baixo consumo é percebido em mulheres com endometriose, sendo fundamental reforçar essa ingestão. Os alimentos fonte são aqueles de cor alaranjada como cenoura, abóbora, mamão, manga, pimentão, gema de ovo, queijos, manteiga e ainda couve, agrião, espinafre.

  • Resveratrol: mais um polifenol com possui ação antioxidante e anti-inflamatória que pode ter efeito positivo no tratamento da endometriose. É encontrado na uva escura e jabuticaba.

  • Soja: É rica em fitoestrógenos, compostos presentes nas plantas que possuem atividade semelhante ao estrogênio, mas com ação mais sutil, minimizando os efeitos e sintomas.

  • Chá verde: Importante fonte de fitoquímicos que contribuiu para redução de estrona e estradiol, além de seus efeitos anti-inflamatórios e no metabolismo hepático.

  • Magnésio: Ficam reduzidos na doença, sendo a concentração do mineral no sangue afetada pelo excesso de estrogênio, que causa maior recaptação de magnésio no tecido ósseo, sobrando menos para os demais tecidos. O magnésio é encontrado em folhosos, nozes, cereais e derivados do leite

De maneira geral, uma alimentação equilibrada, com o mínimo de ultraprocessados e rica em frutas, verduras e legumes já auxilia bastante na desinflamação do organismo e, consequentemente, contribui para minimizar os efeitos da doença. Caso você sofra com os sintomas ou faça algum tratamento com anticoncepcional e medicamentos, saiba que a nutrição tem muito a contribuir com sua saúde! Comece pelas mudanças citadas aqui e introduzindo os alimentos e nutrientes mais relevantes e procure um nutricionista para te ajudar a ter um resultado ainda mais positivo!


Beijos, se cuida e até!



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